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Numa entrevista de emprego me perguntaram: O que você faz quando não está sustentando o sistema capitalista com seu suor?

Respondi que suo ainda mais. Mas outro tipo de suor… Disse que exprimo um elixir salobro e doce como um soro. Síntese penosa, porém edificante e satisfatória no fim. Me espremo com esperança de que quem me prove também venha a sublimar sua essência. Luto para que a arte seja manifestada de forma síncrona ao redor do globo. Desse dia em diante, não haverá mais sistema para se sustentar ou enfrentar!

Eles se olharam, e a moça me respondeu com um sorriso plástico: Interessante! Entraremos em contato… Muito obrigada!

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